Enquanto seu lobo não vem

junho 17, 2010 at 12:09 pm (Uncategorized) ()

Eu acredito (e obviamente essa uma opinião pessoal) que a divisão de chapas dentro de uma universidade só serve para impedi-la de alcançar seus ideais. Acredito que todas as chapas estejam empenhadas em dar o melhor de si na construção, dessa que agora parece utópica, universidade melhor. Só o que comumente acontece, e justamente por isso há tal divisão, é que com interesses diferentes as pessoas tendem a se reunir de acordo como priorizem esses interesses: para alguns a infra-estrutura está me primeiro lugar, para outros é o sistema de ensino e por aí vai.
Defendo (e agora estou sendo totalmente idealista) que haja sim, essa diversificação do pensamento mas que ao contrário de chapas em que a minha é por excelência melhor que a sua, deva existir votações de qual seria a prioridade da universidade no momento. Feito isso, independente de eu achar outra coisa, vou labutar pra que aquela prioridade escolhida seja alcançada, e nesse contexto, todos participem dos meios pelos quais aquele projeto escolhido seja concluído para seleção de outro.
Com a divisão de chapas isso não acontecesse. Se minha chapa perde, eu quero mais é que a que ganhou não faça nada do que propunha pra eu poder criticá-la. Se ela tenta mobilizar as pessoas para sua busca, eu é que não vou fazer nada e esperar que ela sozinha faça o “milagre” -é o que pensam alguns, pra não citar a maioria.
Dessa forma, a universidade que deveria estar em foco, perde a cena pra partidos, propostas, projetos que nunca saem do papel. Paralelamente ela espera por melhoras que não vem, dentro desse universo de disputas que levam a lugar nenhum, mantendo-se paradoxalmente no mesmo lugar, e esperando por reformas que nunca vão acontecer se tão somente não pudermos mudar de atitude.

CRUZ, G.K.

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Unidade na multiplicidade

junho 12, 2010 at 8:17 pm (Uncategorized) ()

Para Hilton Japiassu, seria “preferível falarmos, ao invés de psicologia em ciências psicológicas“ isso, porque não há um objeto definido para a psicologia. Dessa problemática surgem diversas abordagens psicológicas.
Dentro das várias abordagens, o objeto de estudo assume um caráter subjetivo segundo a visão da análise na qual se baseia, tornando no geral, um objeto, por assim dizer, bastante relativo.
Essa falta de delimitação gera vertentes que impossibilitam a caracterização da Psicologia como uma ciência teoricamente unificada. Por isso ela seria compreendida melhor se entendêssemos que somente de maneira parcial podemos analisá-la.
Além disso, para BOCK, FURTADO e TEXEIRA, “essa diversidade de objetos justifica-se porque os fenômenos psicológicos são tão diversos que não podem ser acessíveis ao mesmo nível de observação e portanto , não podem ser sujeitos aos mesmos padrões de descrição, medida, controle e interpretação.
Outro fator, dessa vez histórico, foi à desagregação a Psicologia em relação à filosofia, pela proposta de tornar esta (a psicologia) uma ciência.
Diante de tais fatores é inviável definir a Psicologia como algo preciso, pois contraditoriamente a isso há uma diversidade de identidades psicológicas que se englobam em sua análise e tornam-na tão rica de interpretações como abundante de novas descobertas.

CRUZ, G.K
29 de novembro de 2009

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Sobre si e sobre os outros

junho 12, 2010 at 8:06 pm (Uncategorized) ()

Ao longo de sua história, a Psicologia vem rompendo com a visão estereotipada que de certa maneira lhe é atribuída. Dessa visão surgem alguns conceitos que (se encaixam, é certo, em algumas práticas psicológicas, mas não necessariamente cabem a todas) servem para subverter a análise dessas práticas a limitá-las dentro de uma categoria.
Muito se diz a respeito do que o papel do psicólogo representa. Sabe-se que esse papel vai além de um “mero” ouvinte, ou um talentoso adivinhador, ou ainda um ser onipotente com soluções prontas.
Comprova-se que, relacionado a esse último termo, não é o psicólogo que dá a cura ao problema que assola o paciente,mas sim que este (o psicólogo) instiga o outro a procurar suas próprias respostas que lhe conduzam à cura.
É também papel do psicólogo, provocar um despertar de consciência, e auxiliar na busca do conhecimento peculiar de cada indivíduo sobre si mesmo,concomitantemente que ele próprio, se deixe afetar por essa busca e se descubra posteriormente como não só um profissional, mas um ser humano mais sensível.
O psicólogo é portanto uma pessoa propensa a falhas, mas que tem a vontade de fazer com que suas habilidades influenciem na construção de uma sociedade mais justa e atenta não só pra suas próprias necessidades, mas para com a dos outros também.

CRUZ, G.K
14 de outubro de 2009

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